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Um cartão de crédito por semana

O início da indústria do plástico para uso massivo data aproximadamente da década de 1950. Desde então o crescimento foi de forma exponencial e chegou na atualidade ao ponto que é difícil pensar em algum produto industrializado sem esse componente.

Micro plásticos são partículas menores que 5 milímetros, quase invisíveis ao olho humano, são procedentes da degradação dos mais diversos produtos plásticos, como roupas, vasilhames descartáveis e até pneus, estão onde você menos imagina, inclusive na água que você bebe, na comida que você ingere e no ar que você respira.

Uma pesquisa da Universidade de Newcastle, na Austrália, que foi divulgado pela WWF (World Wildlife Fund) apontou que atualmente estamos ingerindo mais ou menos 5 gramas de plástico por semana, o equivalente ao peso de um cartão de crédito, isso representa umas 2000 partículas de micro plástico. Ou seja, 260 gramas anuais e com tendência crescente no futuro.

A principal fonte de ingestão está por meio da água que bebemos (umas 1700 partículas) situação que se agrava quando temos por costume beber água engarrafada. Além da ingestão através dos alimentos, sendo os moluscos marinos os mais contaminados devido ao que eles ingerem por engano, o que aumenta o índice de ingestão em nós humanos, pois costumamos comer esses moluscos com seu sistema digestivo incluso. Porém tem-se encontrado em outros alimentos como frutas e vegetais, dentre eles destaca-se a maçã como a mais contaminada, segundo um estudo cientifico publicado pelo periódico Environmental Research.

Mesmo detectado no ar que respiramos, o estudo indica que a inalação é a menor fonte de ingestão, porém pode variar muito dependendo do ambiente.

Nosso principal objetivo é a informação e a conscientização da população! Nossos “bebês” são os que mais ingerem esse tipo de micro plásticos devido a que são geralmente alimentados por meio de “mamadeiras plásticas” e ao serem esquentadas para consumo facilita a liberação e posterior ingestão delas.

Contudo ainda não está muito claro o que o consumo dessas partículas podem provocar de efeitos colaterais em nós humanos, porém o Professor Richard Lampitt, do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido diz: “existe ainda uma incerteza muito grande em relação os danos à saúde humana que os plásticos fazem, porém ao ser um produto com inúmeros componentes químicos com certeza, benefícios não trarão

Como conclusão Kavita Prakash-Mani Diretora de WWF Internacional declarou “não podemos eliminar os plásticos de nossas vidas, portanto devemos encarar a contaminação plástica em sua origem e evitar que a mesma chegue à natureza em primeiro lugar”, com isso já diminuiria muito a ingestão por parte dos seres vivos.

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