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Moda Rápida = Moda Lixo

Moda rápida e de baixo custo, um modelo de negócio muito lucrativo, dirigido principalmente aos adolescentes pelas grandes lojas de fast fashion e influencers que potencializam ela dia a dia. Dentre as mais conhecidas no Brasil podemos citar Zara, H&M, Forever 21, Renner e Riachuelo dentre as lojas físicas como também Dafiti de forma on-line.

Tradicionalmente existiam 4 coleções ao ano, porém atualmente estas grandes redes chegam a lançar até 52 micro coleções no mesmo período. No mundo todo desde o ano 2000 a venda de roupas se duplicou, chegando a 120 milhões de peças ao ano. Estudos da Alemanha comprovaram que os germânicos compram aproximadamente 26 kg de roupa ao ano, com o agravante que a vida útil dos produtos têxteis é cada vez menor.

Estudo do Greempeace revela que aproximadamente 40% das roupas, nos países de primeiro mundo, são usadas no máximo uma única vez, antes de serem descartadas.

Atualmente 70% das peças de vestir, se compõem de fibras sintéticas, as quais se obtém do petróleo cru, portanto são de difícil reciclagem, sem contar a poluição que geram para sua produção. Assim a cadeia da indústria têxtil, a nível mundial, é responsável pelo desperdiço global de 20% da água, como também a emissão de 8% dos gases do efeito estufa, ambos os dados foram informados pela ONU.

Contudo, quais são os destinos dessa enorme massa de resíduos têxtil originados na Europa Ocidental, nos Estados Unidos e demais países categorizados como do Primeiro Mundo?

  • Países do Leste Europeu dentre eles Polonia, România e Bulgária onde são comercializados aproximadamente a € 30 a tonelada. Lamentavelmente é utilizada para substituir o carvão ou lenha para cozinhar ou aquecer em fogões ou lareiras de cidadãos de menores recursos. Obviamente causando um dano duplo, tanto ao meio ambiente como também à saúde das pessoas.
  • Chegam a Acra, capital de Ghana, uns 15 milhões de peças de roupa por semana que são comercializadas no mercado de Kantamanto, porém, mais de 50% desse volume termina nos lixões a céu aberto. Lamentavelmente muitos deles nas belíssimas praias do Oceano Atlântico, contaminando assim todo o habitat marino da região.
  • Sul América também não fica livre desse pesadelo. Pelo porto de Iquique no Chile entram por ano 59 mil toneladas de roupas usadas que em sua maioria terminam em lixões clandestinos a céu aberto no deserto de Atacama.

 

Considerando que esses resíduos demoram cerca de 200 anos para se decompor, e que a tendência dessa fast fashion é só crescer, temos alguns séculos pela frente de desastres ecológicos.

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